terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ensaio de um conto: parte 2

Passaram-se algumas aulas o Ântonio Marcos ainda tinha em mente a imagem do menino sorridente na soleira da porta. Ele tinha esperança que o tal garoto tornasse a aparecer, pois quem sabe assim poderia incentivá-lo à prática do judô. Dessa maneira tinha certeza que ajudaria mais uma criança, assim como várias outras daquela comunidade, as quais são seus alunos.
Os praticantes de Judô, são todos alunos da escola pública e moradores de uma comunidade economicamente carente.
Ãntonio Marcos pouco recebe por suas aulas extra classe, mas tem total consciência que ensinando Judô pode contribuir para a vida das crianças. Não que as aulas sejam em objetivos, muito diferentes das aulas de Educação Física, mas no Judô, o que foi ensinado na Educação Física pode ser reforçado e ainda, o que não foi possível ensinar na quadra, talvez seja possível no tatame.
Quanto aos alunos, alguns apresentam um certo potencial para o esporte, mas, uma grande quantidade deles, não tem a menor aptidão esportiva. No entanto, isso não faz diferença para o professor, pois seu maior objetivo é a educação, a contribuição do Judô para a vida dessas crianças.

Prof. MSc. Claudio Marcelo de Almeida

Nossa participação no JASC

Participamos no Jogos Abertos de acordo com as possibilidades de nossa equipe. Se em algumas categorias de peso tínhamos atletas muitos jovens, em outras tínhamos atletas que participaram com a boa intenção de contribuir com o grupo, os quais não treinam Judô tendo como objetivo maior a competição.
Ressalto que todos de acordo com suas possibilidades e condições, deram o máximo de si.
Pra mim, professor e técnico o que ficou disso tudo é, amizade, carinho, respeito e principalmente, uma bela aula de comprometimento. Pois pessoas que não tinham obrigação alguma em participar, deixaram suas famílias, seus trabalhos e lá estavam. São eles: Rogério Telles, Laercio Leite e Alexandro Schiftter
Os comprometidos eram; Andre Hohl, Rodrigo Pereira, Pietro Emanuel Marthendal, João Scarton Weber e Natany Pazzetto.
Nossa colocação final foi singela, mas significativa pela participação do grupo. 14 (décimo quarto) lugar.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O processo da competição

Durante algum tempo venho refletindo a respeito da competição, os prós e os contras. Na obra em que Maturana fala das emoções, também aborda o tema competição, o qual nega ser adequado no processo educativo. Em partes não comungo dessa ideia, só em partes.
Vejo que a competição pode ser sim produtiva no processo educacional, porém, o que pode torná-la negativa é a ideologia que à sustenta. Ou seja, o problema não é o produto, competição, mas sim, a maneira como ela é realizada.
Observo que a competição pode ensinar muitas coisas, entre elas, responsabilidade, compromisso, organização, superação, conhecimento dos próprios limites, respeito pelo outro, ...
Deve também ensinar ética, assumir os erros, reconhecer as fraquezas, entre outros. Em contra partida, pode ensinar a negar o próximo, ludibriar, vencer a qualquer custo, omitir a verdade, entre outros.

Dê sua opinião.

prof. Claudio Marcelo de Almeida

Entre a ração e a emoção

O biólogo chileno, Humberto Maturana em sua obra intitulada, Emoções e Linguagem na Educação e na Política, defende a teoria que toda ação racional é fundamentada em uma emoção. O que significa que as ações humanas por mais racionais que sejam, estão sempre fundamentadas no emocional.
Certamente perderíamos muito tempo discutindo a teoria do escritor chileno, o que não vem ao caso, mas, com base nela faremos algumas ponderações respeito da competição.
Todos sabem que a competição tem como objetivo a vitória em detrimento da derrota. É certo que os envolvidos em um processo competitivo almejam a vitória, pois não lembro ter ouvido alguém falar que compete ou competiu tendo como objetivo a derrota, que não tenha em momento algum pensado na possibilidade da vencer.
Tendo como objetivo a vitória é valido vencer a qualquer custo, mesmo sabendo que só foi possível por uma falha da arbitragem? Será que a vitória conquistada na falha do árbitro tem o mesmo valor que a conquistada através da competência do competidor? A emoção de vencer supera a ração da verdade?
Qual seria a repercussão caso o atleta ou técnico fosse capaz de admitir a própria derrota quando beneficiado pelo erro do árbitro?
As indagações propõem reflexão, porém, não há dúvidas que admitir a derrota quando beneficiado com uma falsa vitória, requer uma base educacional pautada na cooperação e não na competição.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Judô no JASC

A modalidade de Judô, do ponto de vista da organização da CCO, a qual é responsável pela estrutura física e atendimento as necessidades para o desenvolvimento da competição, terminou da forma que começou. Ficou devendo.
Chegamos ao ponto de ter a competição interrompida por falta da presença do médico e de materiais básicos para os primeiros socorros.
Como justificando a falha, a Fesporte comunicou que a culpa era da CCO, responsabilidade do município sede.
Será que a Fesporte não poderia designar com antecedência 1 ou 2 de seus tantos colaboradores, para fiscalizar e aconselhar o andamento dos trabalhos de responsabilidade da CCO?
Destaco que o trabalho da coordenação da modalidade, que era responsável pelo andamento da competição de Judô, ocorreu na mais perfeita ordem.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

Começou os Jogos Abertos

Escrevi esta matéria no Sábado a noite, porém só consegui publicá-la hoje, sendo assim, vai na íntegra.
Escrevo de Brusque, cidade sede da edição cinqüentenária dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Em 50 anos dava pra comissão central organizadora ter evoluído um pouco mais no quesito organização. É inadmissível chegar no ginásio apenas meia hora antes do horário marcado para o início da competição e ele está trancado, a competição ter que iniciar sem a presença de uma ambulância, sem ter a disposição materiais básicos de primeiros socorros e uma equipe médica qualificada para atender em eventos esportivos.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

O custo a pagar

Assistindo o globo esporte sexta feira 10/11 não tinha como deixar de observar a matéria que falava de um garoto de 14 anos de idade, o qual é descendente de uma família de nadadores, e, recentemente conquistou uma medalha de ouro nos jogos escolares na modalidade de natação. Sem dúvida, a conquista do menino deve ser respeitada e aplaudida por todos. No entanto, me chamou atenção, a maneira como esta medalha foi conquistada.
O repórter elucidou; “treinamentos 3 horas por dia, 6 dias por semana”. Destacou o garoto como “talento esportivo”.
A meu ver este menino seria sim um talento esportivo, caso tivesse obtido tal conquista treinando no máximo 90 minutos 2 vezes por semana.
Três horas, seis vezes por semana!! Considero isto assassinato da infância, quando não exploração do trabalho infantil.
Uma criança de 14 anos, trabalhar para contribuir com a renda da família, não pode, a lei não permite. Ser submetida a seções de treinamentos exaustivos, isto é permitido.
Pergunto: até as Olimpíadas de 2016 quantas infâncias serão achatadas, ceifadas das muitas crianças brasileiras? Será este o preço da glória olímpica?

Prof. Claudio Marcelo de Almeida.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Geração do Futuro

No último sábado, dia 04 de setembro, foi realizado na cidade de Florianópolis - SC o campeonato regional da categoria infantil (9 e 10 anos) e da categoria infanto (11 e 12 anos). Neste evento oficial da FCJ e de cunho competitivo, nós professores do Clube Atlético Baependi, optamos em participar com apenas 3 crianças, as quais ao nosso ver já apresentam maturidade e tempo de prática suficiente para participar de um torneio desta natureza.
Entendemos que as crianças, para competirem necessitam além de conhecimento técnico, compreender que em competição uns ganham sobre a derrota de outros. Sendo assim, nem sempre ganhar é possível.
Participaram; João Guilherme Silva, na categoria infantil, Letícia Codignole e Luiza Karoline Martins, na categoria infanto. Letícia obteve o primeiro lugar, Luiza o segundo e João a quinta colocação em suas respectivas categorias de peso.

Prof. Claudio Marcelo de ALmeida.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Jogos Abertos

Participaremos dos Jogos Abertos de Santa Catarina, o qual será realizado nos dias 11, 12 e 13 de setembro na cidade de Brusque.
A equipe representando Jaraguá do Sul é 100% composta por judocas que treinam e residem nesta cidade e região. Isto é, não temos atletas importados de outros estados.
São eles no masculino: peso super ligeiro (até 55 Kg) Rodrigo Pereira, peso ligeiro (até 60 kg) Pietro Emanuel Marthendal, peso meio leve (até 66 kg) André hohl, peso leve (até 73 kg) Laércio Leite, peso meio médio (até 81kg) João Scarton Weber, peso médio (até 90 kg) Rogério Luis telles e peso pesado (+ de 100 kg) Alexandro Schiftter. João Casemiro será reserva na categoria meio leve.
No feminino a representante será Natany Pazzetto no peso meio leve (até 57 kg).
Temos por objetivo representar bem Jaraguá do Sul, pois sabemos que na briga pelos primeiros lugares estarão cidades como Joinville, Florianópolis, Itajaí, Blumenau e ainda cidades como Joaçaba e outras, assim como nós, correm por fora buscando bons resultados.

prof. Claudio Marcelo de Almeida

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Festival Joinvilense

Participamos Sábado, 28 de agosto, do vigésimo oitavo festival Joinvilense de Judô, o qual foi realizado no Joinville Garten Shopping.
Somos supeitos em falar deste evento, por fazermos nós mesmos parte da organização. Porém, a verdade seja dita, se alguém discordar que se manifeste.
O festival Joinvilense dá show em organização, premiação e calor humano.
A preocupação central é voltada para o bem estar dos participantes, para isso cada categoria de idade é tratada de forma personalizada. Se para os menores, de 4 a 6 anos, não há competição e sim uma apresentação e no final todos são agraciados com medalhas iguais, para os maiores as categorias são organizadas respeitando itens como peso, idade e "graduação", já os adultos são organizados em grupos onde, além dos itens anteriores, também é considerado o nível técnico. Todos os participantes recebem como premiação, uma medalha personalizada e uma linda camiseta alusiva ao evento.
Ressaltamos que este evento, com tamanho sucesso só é possível graças ao comprometimento de uma equipe, na qual fazem parte alunos e professores de Judô, de Joinville e Jaraguá do Sul.
Parabéns a todos e destaco a competência dos Prof. Silvio, Icracir e Junior.

Prof. MSc. Claudio Marcelo de Almeida

Nem todo dia é dia

A participação da equipe de Judô de Jaraguá do Sul nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, não obteve os resultados que de fato havia condições de obter. Isto é, tivemos uma performance muito aquém da qual esperávamos.
Os fatores que implicaram para isso, podemos conjecturar algumas coisas, no entanto, nunca saberemos qual foi o determinante. Pois o atleta ao competir não se reduz a uma estrutura técnica/física dissociada de todo o restante de sua existência humana. Compete envolvido e comprometido com toda sua complexidade humana.
Prof. MSc. Claudio Marcelo de Almeida

terça-feira, 13 de julho de 2010

Fotos Torneio Interno 07 e 08 de Julho


Saudação Inicial


Tatame, preparação para as lutas

Lutas em andamento com supervisão dos graduados

Premiação com entrega de medalhas

Vista panorâmica

Leia o blog e comente as matérias, sua participação é muito importante.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A participação dos maiores

Na quinta feira 08/07 o torneio foi para as crianças de 9 a 14 anos de idade.
De maneira a contemplar os objetivos já descritos, as crianças também interagiram com os judocas adultos. Posteriormente, oganizados em grupos de acordo com peso, idade e graduação, lutaram entre si. No entanto, sem a costumeira formatação de competição. Os cambates eram quatro de cada vez, arbitrados pelos adultos de maior graduação (faixas marrom e preta), sem utilização de placar. Pontuações e vitórias eram dadas, mas, sem valorização excessiva. Ao final todas elas receberam medallhas.
O torneio organizado da maneira que foi, tende a valorizar a participação da criança, independente da performance técnica. O ponto alto, não está em selecionar, mas sim, em proporcionar uma nova vivência, proporcinar aprendizagens no lugar de apenas sentimentos oriundos de vitórias e derrotas.

A participação dos menores

Na quarta feira 07/07 participaram do torneio interno crianças de 4 a 8 anos de idade.
O objetivo era que as crianças participassem de forma harmoniosa, que as expressões dos pequenos fossem tão somente de alegria, de satisfação. Para alcançar objetivos deste tipo, foi necessário romper com o estigma da tradicional competição, aquela em que para um vencer outros tem que perder. Romper com o sistema seletivo de participação.
Diante de tais objetivos, a participação das crianças ocorreu aos moldes de apresentação. Para tanto, cada criança lutou com um judoca já adulto e graduado, derrubaram , imobilizaram e foram derrubados. Em seguida os adultos, organizaram entre as crianças duplas, as quais lutaram sobre a supervisão deles (os adultos). Ao final das lutas, não havia vencedor, muito menos perdedor. Os incentivos eram tão somente com aplausos. Ao término todas as crianças foram agraciadas com medalhas iguais.
Desta forma elas participaram sem quaisquer constrangimento.

domingo, 11 de julho de 2010

Toque Geral

Muito bom...!! Excelente...!!
Esta foi a performance do torneio interno, realizado nos dias 07 e 08 de Junho. Este evento envolveu todos os praticantes de judô, desde a mais tenra idade até os praticantes adultos, sendo que, estes últimos, participaram interagindo com as crianças, o que abrilhantou ainda mais o evento.
Detalhe, todos lutaram, mas, ninguém competiu.
As crianças; derrubaram, cairam, imobilizaram e foram imobilizadas. Nenhuma delas chorou ou se sentiu inferior por ter sido derrubada por um amigo.
Os pais tiveram uma participação importantíssima, pois incentivaram apenas com aplausos.

sábado, 3 de julho de 2010

Ensaio de um conto: parte 1

Ântonio Carlos é professor de Educação Física e faixa preta de Judô. Na escola pública em qual trabalha, após o horário ministra aulas de Judô para as crianças da comunidade.
Outro dia, apareceu por lá durante uma das aulas extra classe (Judô), um menino de mais ou menos 7 anos de idade, pele morena, baixa estatura e corpo franzino. A criança usava roupas bastante surradas e o chinelinho que calçava já era pequeno para seu pé.
Sem falar uma palavra se quer, a criança ficou junto a soleira da porta assistindo a aula, seus olhos pareciam brilhar ao ver que outras crianças também de sua idade, usavam roupas branca, as quais nunda tinha visto antes e, faziam coisas que lhe pareciam interessante, seguravam um na roupa do outro e tentavam derrubar.
O professor, atento ao fato, aproximou-se do menino e o comprimentou com um sorriso, o qual também foi retribuido com um afetuoso sorriso da criança. Perguntou ao menino qual era seu nome, neste momento um dos alunos chamou pelo professor. Ântonio Carlos por alguns instantes voltou a atenção para atender o chamado, em seguida observou que aquele menino já não estava mais à porta. havia saído em uma disparada pelo pátio da escola.
Durante alguns dias ficou com a imagem daquela criança na cabeça.
Prof. Claudio

OPINIÃO

A escritora Lya Luft em uma de suas obras, brinca com as palavras, com a possibilidade da vida ser um teatro. Uma peça onde várias portas podem ser abertas, fechadas ou até mesmo ignoradas, mas cada uma delas leva a possibilidades diferentes.
Como analogia, vejo que a prática do Judô pode ser encarada como o ensaio de uma peça teatral. Sendo que, o grande palco, a verdadeira apresentação, é a vida nas suas diversas possibilidades.
Escreva sua opinião.
Prof. Claudio.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

DEBATE

Uma criança entre 8 e 10 anos inicia na prática do Judô. Inicialmente está motivada pelo fato que alguns amigos de sua escola também participam.
Na aula de Judô, o professor logo observa que ela não tem lá muita habilidade para o esporte. No entanto, com muito tato, faz de tudo para quê a criança sinta-se motivada à praticar.
A pergunta é: quais contribuições a prática do Judô poderá realizar para a educação desta criança?
Prof. Claudio

terça-feira, 29 de junho de 2010

Judô social, começo pequeno, mas bem fundamentado

Estamos a mais de um ano realizando nosso trabalho social. Começamos em 2009 nas dependências do Clube Atlético Baependi, com uma pequena turma composta por 19 alunos. Para iniciar contamos com o apoio essencial da Fundação Municipal de Esportes. No ano de 2010 estamos conseguindo ampliar este trabalho, para tanto, continuamos contando com o apoio da iniciativa pública e com a inserção do Empresário Sr. Issao Sakata (Casa China - jaraguá do Sul). Com esta parceria compramos uma área de tatame, a qual foi instalada nas dependências da Arena Jaraguá, neste local estamos atendendo mais 40 crianças e pretendemos até o final do ano chegarmos próximo de 100 crianças.
Os objetivos deste trabalho não se resumem a descoberta e lapidação de talentos esportivos. Eles estão comprometidos com um bem maior, neste caso, educar para a vida, educar para a cidadania. Educar no sentido de desenvolver cidadãos autonomos, críticos e conscientes. Ou seja, o Judô não é fim, e sim meio para a busca de algo maior.
Aceitamos parcerias para o desenvolvimento do Judô social.
Prof. Claudio

Na busca pela perfeição técnica

Em continuação a matéria anterior. O atleta que pensa em evoluir técnicamente, deve estar atento as bases fundamentais técnicas, em trabalha-las adequadamente, são elas: pegada (kumikata), movimentação (shintai), desequilibrio (kosushi), preparação da técnica (tsukuri), execução da técinca (kake), queda (Ukemi) e antecedendo a tudo isso a saudação (hei). Todas essas são bases fundamentais do Judô.
A execução perfeita de uma técinca, O "Ipon" (pontuação máxima) aglutina neste evento todos os fundamentos citados. Sim, inclusive a saudação, pois é uma bela maneira de respeitar as qualidades do adversário. Para se alcançar a perfeição máxima, é requerido muito empenho e dedicação.
Por acaso alguém acredita que se pode alcançar um alto nível de desempenho sem muito esforço e dedicação?

Porf. Claudio

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quer ficar bom de Judô?

Alguns judocas questionam sobre o que é necessário para desenvolver um bom Judô.
Bom, muitas coisas são necessárias, entre elas vontade própria, dedicação e muito estudo. Sim falei muito estudo!!
O praticante de Judô não pode se resumir apenas a prática desenvolvida sobre o tatame, para aperfeiçoar a técnica, para superar as próprias limitações e surpreender os adversários, é necessário muito trabalho intelectual sob o físico. Não se pode apenas ligar no automático e pronto.
Quer ficar bom de Judô? Escolha uma técnica e a estude. As formas de realizá-la, adaptações as habilidades físicas pessoais, assista grandes atletas que à praticavam nas competições, teste as várias possiblidades nos mais diversos companheiros de treino, seja minucioso para estudar a movimentação adequada, a desiquilíbrio adequado. Coloque em prática no treinamento de entradas, nos handoris e nunca se chateie por não conseguir executá-la, persista. Dessa maneira, um dia você será especialista na técnica escolhida.
Aconselho que entre as várias técnicasjá conhecidas, o atleta competitivo escolha uma para estudá-la, sem pressa, mas com dedicação durante todo um ano.
Umas das falas do prof. Rogério Sampaio, quando na ocasião do seminário de esportes, foi o fato de que ele, quando atleta estudava as várias possibilidades de aplicar o Osoto gari.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

terça-feira, 22 de junho de 2010

Quem viu gostou

No último final de semana, na cidade de Joinville tivemos o prazer e participarmos do Seminário de Esportes, no qual tivemos a rica participação do Campeão Olimpico Rogério Sampaio.
Em sua palestra, Sampaio fez questão de evidenciar que treinar Judô não se resume a lapidar atletas, mas que se estende em realizar uma prática esportiva que ensina as pessoas a viverem melhor. A serem dignas.
Mais do que campeão olimpico, Rogério Sampaio é um exemplo de educação a ser seguido. Quanto ao seu aprendizado, disse que aprendeu judô brincando. Era assim que seu professor o ensinou. Disse também que para ele, treinar Judô era uma atividade cheia de prazer.
Neste evento também tivemos as palestras de Dr. Anderson Romam, o qual fez uma excelente abordagem sobre os efeitos dos suprimentos alimentares e anabolizantes. A palestra do prof Dr. João Batista Freire, falando sobre a pedagogia do esporte.
Se fosse dar uma nota ao nível das palestras, certamente seria 10. Pena que foram poucos os professores de Judô que participaram.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Masahiko Kimura (1917-1993) - Parte I



Masahiko Kimura,1,70m de altura, 85kg, nasceu em 10 de setembro de 1917 em Kumamoto, Japão.
Aos 16 anos, após 6 anos de judo, ele foi promovido ao 4º dan, após ter derrotado consecutivamente 6 oponentes, todos 3º e 4º dan.
Aos 18 anos, em 1937, se tornou o mais jovem godan (5º dan de faixa preta) da história do judo, após derrotar 8 oponentes seguidos na kodokan.
Em outubro de 1935, ele ganhou seu 1º grande titulo, campeão japonês colegial, e foi o 1º estudante a ganhar a permissão de participar do campeonato japones profissional, ele ganhou o campeonato.
Um fato curioso, após o campeonato ele comeu 13 (treze) tigelas de arroz e foi treinar, ele fez naquela noite 500 entradas (uchikomi,treino de entradas para projeção), 1km de canguru (saltitos) e 500 golpes de karate (com a faca da mão, ele treinava no makiwara socos tb, para enrijecer os dedos e fortalecer a pegada).
Ele estava preocupado com o fato de ter tomado um wazari, e que por pouco não perdeu a luta, então chegou a conclusão de que para manter o titulo pelos próximos 10 anos ele teria que treinar muito mais que qualquer outro judoca.
Kimura passou a treinar 9 horas por dia, fazendo 1000 entradas, muito mais que seus rivais, que treinavam 3-4 horas por dia e faziam 300 entradas.
Ele ganhou o campeonato japones por 13 (treze) anos seguidos.
Ele ganhou em 1940 o Ten Ran Shiai, um campeonto especial realizado na presença do imperador japones.
Na segunda parte desta matéria traremos Masahiko Kimura ( parte II ) - O homem que derrotou Hélio Gracie - um relato da histórica luta que originou o nome "kimura" da técnica "ude garame" aqui no Brasil.
Por Beto F.
Fonte: http://judotradicionalgoshinjutsukan.blogspot.com

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ler comentário

Caros leitores, não deixem de ler o comentário realizado pelo Alexandro Schifter na matéria "Praticando Judô aprendendo para a vida". O comentário realizado por ele, além de ser interessante, provoca uma reflexão e deve gerar outros comentários. Participem...

sábado, 22 de maio de 2010

Toshihiko Koga

Toshihiko Koga é um dos campeões mais famosos do judô japonês. Como um medalhista de ouro olímpico e um campeão múltiplo do judô mundial, Koga fez de seu nome um sinônimo para golpes de alta performance. Seus ipons surpreendem a qualquer espectador, sendo praticante ou não da arte, o impacto de suas projeções serão motivo de inspiração para muitas gerações de judocas. Confira agora fragmentos extraídos do video "Koga - A New Wind", produzido por Fighting films. Por Beto F.


domingo, 16 de maio de 2010

Praticando Judô aprendendo para a vida

Algumas pessoas acreditam que o Judô nada mais é do que um modalidade esportiva, outros ainda o vêem como meio de defesa pessoal. Como professor de Judô vejo seu potencial para a educação. Quando sua prática é bem direcionada, entre outras coisas ensina o praticante a superar suas próprias dificuldades, a vencer suas limitações.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

Judô para a Educação

Já há algum tempo que nós professores de Judô (Silvio e Claudio) estamos arquitetando um bela parceria de trabalho com o Sr. Issao Sakata, ex-professor de Judô e proprietário da Casa China, visando o desenvolvimento de um trabalho social. Almeja-se levar a prática do Judô a crianças de comunidades economicamente empobrecidas. Os objetivos em ensinar o Judô com o desenvolvimento deste projeto, estão comprometidos em utilisá-lo como instrumento educativo, visando uma educação para a vida.
No decorrer desta semana que se inicia, receberemos a primeira área de tatames destinada ao trabalho social. Para o desenvolvimento deste trabalho é fundamental a tríade, iniciativa privada, Fundação Municipal de Esportes e professores.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida
Viajamos confortavelmente a Videira em um micro ônibus custeado pela Fundação Municipal de Esportes, assim como as despesas de alimentação e taxas de competição.
Lá participamos da Copa Camilo Penso e do Estadual sub 17, eventos estes em que os atletas participantes apresentaram um bom nível técnico.
Os judocas de Jaraguá do Sul obtiveram as seguintes colocações em suas respectivas categorias de peso: na Copa Camilo Penso, o atleta Andre Hohl (categoria senior) obteve a primeira colocação, também na categoria senior, Rodrigo Pereira ficou em segundo lugar, já os atletas João Scarton Weber e Pietro Marthendal, não obtiveram resultados que os levassem ao pódio. Na categoria pré-juvenil (13 e 14 anos), Henrique Alfredo de Souza obteve a segunda colocação.
No campeonato estadual sub 17, Natany Pazzetto ficou em segundo lugar, enquanto João Casemiro de Oliveira Neto obteve a terceira colocação.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Competir pra quê?

Estamos, eu e mais nove atletas viajando ao meio dia para Videira, onde participaremos, neste final de semana, da Copa Camilo Penso e do Estadual Sub 17.
Tenho fé de conseguiremos bons resultados neste evento. Vejo como bons resultados, as participações que não se resumem ao resultado final, mas que demonstram um amadurecimento, uma evolução do atleta, neste caso a conquista da medalha passa a ser consequencia.
Em mais de vinte anos de experiência já vi muita coisa, atleta vencer e não convencer, como também já vi atletas que nem mesmo sobem ao pódio e são verdadeiros guerreiros.
tratando-se de competição, o grande valor está nas vitórias conquistadas sobre as próprias limitações, na possibilidade de superar as várias dificuldades que nos deparamos pela vida.
Desconfio de técnicos que sugam o máximo de seus atletas sem sequer considerar outros fatores que estão além do esporte.

Prof. Ms. Claudio Marcelo de Almeida

quinta-feira, 13 de maio de 2010

KIAI

O Kiai e o Judô 

Definição = É uma espécie de grito especial Objetivo = Reanimar ou Subjugar um adversário
Significado = “união dos espíritos”
Ki = espírito
ai = unir, harmonia.

Origem = No Japão, seu estudo remonta ao século VII da era cristã,
período este em que os estudos das Artes Marciais tornou-se
muito importante, (Já antes havia sido identificado e
utilizado na Índia e posteriormente na China).
No Judô definimos o Kiai como sendo o uso perfeito do controle da respiração simultaneamente a Ação.
Este grito é um som breve, muito intenso. A base é um “a”, variável, segundo a voz de cada um. Este “a” pode tornar-se: “ai”, “aee”, “iaa”, “ooo”, etc... Se bem aplicado anula parcialmente o sentido da audição do adversário, a qual é primordial para o equilíbrio do corpo. Tem um efeito “colateral” de desconcertar o adversário (Distrair – Subjugar – Dominar).
O Kiai e a respiração = Tori (quem faz o ataque) ataca no fim da sua inspiração/início da expiração, ou seja, no fim da expiração/inicio da inspiração do Uke (Quem faz a defesa). Este fato provoca, por vezes uma descarga respiratória e nervosa, um grito seco, possante, que parece sair das entranhas do Tori.
O Kiai e a Concentração = Quando bem trabalhado torna os músculos (principalmente os abdominais) tensos pelo esforço extra, redobrando assim a força para o INSTANTE ESPECÍFICO.

Sentido do Kiai

“Descoberta em si de uma energia infinita capaz de superar qualquer obstáculo”.
Prof. Silvio Acácio Borges –

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Judô evolui

Participamos nos dias 09 e 10 de abril último da seletiva estadual sub 13, sub 15, sub 17 e sub 20. Representaram jaraguá do Sul os judocas, Caetano Bellato, Henrique Alfredo de Souza, Diego Utpadel, João Casemiro de Oliveira, Natany Pazzetto e Rodrigo Pereira. Os referidos atletas bem que lutaram, mas não conseguiram classificação para integrar a seleção catarinense que participará no próximo dia 23 de abril do Campeonato Sul Brasileiro de Judô.
Na seletiva ficou evidente a facilidade com que os atletas das categorias de base, sub 13 e sub 15 tiveram para se adaptarem as mudanças nas regras de competição.
Não há dúvidas, ficou muito mais prazeroso assistir uma competição de Judô. O que assistimos sábado, foram lutas de alto nível técnico. Com as modificações vistas nas regras de competição, o judô arte, sem dúvida substituiu o Judô força.
Prof. Claudio Marcelo de Almeida

Sobre a questão do Jogo

Escrevo a todos, mas, de maneira relacionada ao comentário do Beto Fadul sobre o texto, "Pensando nas ações pedagógicas".
O jogo é altamente produtivo para o iniciante, assim como também para o atleta de mais alto nível.
Para se entender o real sentido do fenômeno jogo, é necessário que primeiramente se tenha um conceito básico de jogo.
Vamos lá, entre outras coisas, jogo é tudo aquilo que não é relacionado a atividades obrigatórias, relacionado ao trabalho. Sua abrangência é desde a criança no berço que brinca com um chocalho, passando pelo jogo de sedução, ao levar a namorada ou esposa em um jantar romântico, até os jogos de azar.
O Judô, como prática corporal, é um jogo de luta. O judoca só lutará muito bem, se estiver motivado para isto, seduzido pelo esporte, pela possibilidade de competir, de disputar, de confrontar. Neste caso, a luta para ele é um jogo, faz isso por prazer. Em contra partida, se lutar for apenas para cumprir com uma obrigação, não havendo encanto e sedução, o desempenho do atleta perderá o brilho, cairá em qualidade. Exemplo; é só observarmos o futebol do Ronaldinho Gaúcho, quando ele joga com prazer, vemos um verdadeiro futebol arte.
Tenho plena certeza que, se a teoria do jogo fosse considerada por técnicos desportivos e fisiologistas o rendimento dos atletas seriam muito melhor. Desconfio que o técnico do velocista Usain Bolt domine muito bem isso.
É necessário compreender, que jogo não é sinônimo de displicência, de falta de compromisso. A criança quando brinca de pega-pega, dificilmente ela ficará displicente, ela estará sim concentrada em seu jogo, compromissada com a brincadeira, concentrada em não permitir que a peguem. O Ronaldinho, quando faz jogadas maravilhosas, está comprometido, seduzido, pelo seu jogo de jogar bola. Aí está um dos valores educativos do Jogo.
Outro exemplo; uma criança aprendendo a andar de bicicleta, portanto o jogo é andar de bicicleta. No início seu esforço é para equilibrar o corpo sobre a bicicleta, seguir em uma linha reta, pedalar sem utilizar as rodinhas de apoio. Quando isto for alcançado, seu prazer está em andar, em sentir o vento pasando em seu rosto, em aperfeiçoar cada vez mais sua forma de andar, até chegar o momento que consiguirá soltar as mãos do guidão, subir meios fios, parar momentâneamente e não apoiar os pés no chão, ou seja, jogando ela atinge um alto nível técnico de andar de bicicleta. Quando a bicicleta não lhe causar mais prazer, ela ficará esquecida em algum lugar.
Quanto ao Judô, por favor, não confundam jogo com displicência e falta de disciplina. Alcançar uma performance técnica é necessário, porém isto será muito mais fácil e bem alcançado se o processo for prazeroso, se proporcionar satisfação ao atleta.
O que se torna massante e rotineiro perde o encanto. Repetir uma técnica até a exaustão, pode ser necessário, mas só terá sentido e excelente efeito se for realizado com prazer.
Prof. Cláudio Marcelo de Almeida

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sobre o uso eficiente da energia física

Ao iniciar no Judô, o aprendizado dos fundamentos básicos, que são as técnicas de quedas, as de projeções e as de domínio de solo (imobilizações), tendem a promover desenvolvimento físico do praticante. A execução de tais movimentos exigirá o controle das ações motoras, para adequadamente realizá-los, o corpo terá que estar em uma certa posição, exigindo uma série de contrações e relaxamentos musculares, além da coordenação de diversos grupos musculares, assim como o equilíbrio corporal e noção de tempo e espaço. Praticar Judô não se trata de realizar movimentos ininterruptamente, a bel prazer, trata-se de realizar uma série de movimentos, que, coordenados levam a fins específicos, os quais sejam, a execução correta de uma queda, a projeção de um oponente ou ainda, o domínio dele no solo. Desta forma, no Judô, as ações motoras são realizadas sempre almejando algum objetivo, além da simples execução do movimento, é o que Kano conceituou como sendo a busca da máxima eficiência da energia física (SEIRYOKU ZENYO).
Prof. Claudio Marcelo de Almeida

Pensando nas ações pedagógicas

Volto a questão de possibilitar que o aluno se aproprie das técnicas.
Incialmente quero esclarecer um ponto muito importante.
Utilizei anteriormente a expressão "método de ensino". Pensando melhor considero a palavra método um tanto quanto pesada, comprometida com questões ideológicas que não nos vem ao caso neste momento. Portanto ao falar sobre as formas, as maneiras de ministrar aulas de Judô, utilizarei o termo "ações pedagógicas".
Vamos lá...!!

Se pretendemos facilitar apropriação, é necessário tornarmos as ações pedagógicas atraentes, interessantes. O aluno precisa sentir prazer na execução das tarefas, ele deve estar atraído envolvido por elas. Pra isso não basta gostar de Judô. É necessário que a aula ou o treino seja atraente, estimulante. Poucos resistirão ao tédio de um treinamento metódico e monótono. Não há nada mais chato que iniciar um treino sabendo tudo o que vai acontecer do início ao fim. Aquecimento, quedas, entradas de golpe, joga-joga e handori. Uma hora o camarada cansa e acaba desistindo de tudo isso.

Minha opinião é que façamos um bom uso do que mais atrai qualquer pessoa, o jogo, o lúdico. Para explicar sobre este fenômeno e suas contribuições para a aprendizagem, teria que passar horas escrevendo, dando exemplos e mostrando os efeitos, o que não é adequado para a momento. Sendo assim indico aos interessados alguns autores que falam sobre este assundo,entre eles João Batista Freire, Gilles Brougère, Silvana Venâncio, e outros.

Prof. Claudio Marcelo de Almeida

terça-feira, 6 de abril de 2010

Quanto ao ensino

Ensinar é pouco. É necessário propiciar meios para que o aluno se aproprie da técnica.
Quando ensinamos temos duas coisas, uma a técnica, rica em detalhes e outra o indivíduo com toda a sua singularidade. Em um ensino mais tradicional, todos os movimentos (da técnica) devem ser realizados da maneira mais técnicamente desenvolvida. Porém, este método não leva em consideração o aluno, apenas a técnica.
Em uma perspectiva interacionista, ao ensinar deve-se considerar em primeiro plano quem aprende, suas possibilidades e limitações. Estes dois fatores envolvem questões como, experiências anteriores, inserção cultural, meio social, fatores genéticos e outros.
O professor, diante das singularidades do aluno deve fazer o papel de mediador, vacilitando a apropriação de um conhecimento cultural, neste caso, a técnica de Judô. O aluno só aprenderá bem se puder aprender do seu jeito, de sua maneira. Se puder a partir do que aprendeu construir seu própio conhecimento, através de sua corporiedade. Ora, isto que dizer que, o método Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, ou ainda Thiago Camilo, só servem a eles. Qualquer um que tente imitar, fará muito pior, pois está desconsiderando o que há de mais nobre, a individualidade.
Diante disto, cabe ao professor possibilitar ao aluno meios para que desenvolva suas características própria de realizar a técnica.
Para fazer bem é necessário se apropriar da técnica, o que será ou não possibilitado pelo método de ensino.
Prof. Claudio Almeida

Sobre o aprendizado

Aprender uma nova técnica, requer inicialmente paciência, atenção e re-adaptação de várias coordenações motoras já conhecidas.
Com o companheiro parado a frente os movimentos serão realizados de maneira lenta, um a um, passo a passo. Primeiro os movimentos amplos, aqueles que envolvem tronco, pernas e braços. Com o tempo, os movimentos mais refinados, a direção do olhar, a movimento adequado os punhos, a correta rotação dos joelhos, a flexão de perna na medida certa, o desequilíbrio do oponente, a posição dos pés e assim vários outros.
Pode-se observar que para os iniciantes, sejam eles crianças ou adultos, aprender uma única técnica não é coisa fácil, requer muita dedicação. Pior, quando imagina que sabe fazer , tudo volta quase que ao ponto zero, pois em movimento as dificuldades serão outras, envolvendo novas coordenações motoras. Mais difícil ainda será quando o oponente oferecer resistência.
Diante de tudo isso, convenhamos, aprender Judô não é tarefa fácil, requer muita persistência e força de vontade.

Prof. Claudio Almeida

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Bate papo

O Clube Atlético Baependi apóia o desenvolvimento do Judô desde do ano de 1979. A frente da modalidade sempre esteve o prof. Silvio Borges, que desde 1987 conta com a parceria do também prof. Claudio Almeida.
A dupla de professores, tio e subrinho, desenvolvem o Judô não por acaso e sim por opção profissional. Certamente o profissionalismo e o respeito mútuo, faz com que ao longo de tantos anos o Judô de Jaraguá do Sul e região, tenha angariado respeito e algumas centenas de simpatizantes e praticantes.
Em 2010, a dupla Silvio e Claudio continuam a ensinar o Judô em Jaraguá e Guaramirim, a novidade para este ano são dois trabalhos específicos, um deles iniciou no último dia 30/03, a turma FEMININA. Nesta aula a participação é exclusiva das mulheres. Os objetivos são a realização de uma atividade física diferenciada e descontraída, onde aprender Judô não será uma obrigação, mas sim consequência.
A segunda novidade, ainda está por acontecer, dentro em breve deve ser concretizada, é uma turma específica para ex-praticantes. Os objetivos serão de estudar Judô e de condicionamento fisico, porém nesta prática, a luta (handoris) não terá vez.
Prof. Claudio Marcelo de Almeida

Os parámetros teóricos do Judô

A demora foi grande, porém o tempo não é perdido, portanto, continuamos nossa conversa sobre o fundador do Judô.
Jigoro Kano, quando da criação do Judô, vislumbrou a idéia de que esta tinha que ser uma prática de luta física diferente das demais vistas até aquele momento, as quais eram limitadas ao desenvolvimento técnico. Para ele o Judô deveria comtemplar o praticante no plano motor, mas, com ganhos estendidos ao plano intelectual, moral e social.
Visando os objetivos delineados para o Judô e com base no conhecimento que tinha do Ju-jutsu, observou o Professor Kano que a adaptação do antigo Ju-jutsu, imbuída de uma filosofia permeada pelo “SEIRYOKU ZENYO”, que pode ser traduzido como, uso eficiente da energia mental e física, e, pelo “JITA KYOEI”, prosperidade e benefícios mútuos, contribuísse para formação pessoal do indivíduo e consequentemente para a formação de um contexto social e cultural próspero.
A filosofia que foi por ele aliada a prática do Judô não se resumiu a meros parâmetros teóricos, mas tornou-se incutida, impregnada na prática desta atividade. Desta forma, praticar Judô, desde os tempos de sua criação não se resume ao desenvolvimento de uma habilidade física e esportiva, mas amplia-se em ganhos que se estendem além do esporte, que ficam para a vida do praticante, os quais repercutem no plano motor, intelectual e social.
Prof. Ms. Claudio Marcelo de Almeida.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Nage-no-kata

Uma bela demonstração de JUDÔ, vale a pena assistir.

Nage-no-kata: TORI 6th Dan - Dōba Yoshihisa UKE 6th Dan - Nishimoto Minoru  

sexta-feira, 19 de março de 2010

Gigoro Kano: um homem muito além do seu tempo.

Não é nada difícil nos dias de hoje encontrarmos práticas de atividades físicas e alguns esportes que se restringem ao desenvolvimento físico dos praticantes. No entanto, todos sabemos que nós, pertencentes a espécie humana somos constituídos pela complexa combinação, articulação, entre a composição biológica e o meio que vivemos. Isto significa que as vivências, as relações estabelecidas são fundamentais na formação do indivíduo, tanto no plano motor, como no psicológico, no social e no afetivo. Teóricos como Vygotsky, Wallon, Piaget, entre outros, no decorrer do século XX, investigaram e comprovaram através de suas teorias esta complexidade da constituição do homem.
Pois bem, Gigoro kano, ao criar o judô em 1882 (século XIX) no Japão, portanto muito antes das existência de tais teorias, entendia o homem como uma entidade complexa, sendo assim, via que, os métodos de ensino não podiam ser restritos ao plano das ações motoras. Para ele, o ensino de uma atividade, neste caso o judô, tinha que contemplar o desenvolvimento físico, o qual ele chamou de desenvolvimento técnico, o treinamento mental, que hoje entendemos como desenvolvimento intelectual, desenvolvimento psicológico e o treinamento da moral, atualmente entendida como desenvolvimento moral. Foi a partir dessas premissas teóricas que ele criou o Judô.
Dentro em breve daremos continuidade a esta conversa sobre as teorias de Gigoro Kano.
Prof. Ms. Claudio Marcelo de Almeida

quarta-feira, 17 de março de 2010

Sobre o Blog

A idéia e a construção deste blog, foi do nosso querido Beto Fadul, judoca desde a mais tenra infância, que no decorrer de 2010, no auge dos seus trinta anos de idade, estará se preparando para o exame de faixa preta.
O objetivo do blog é divulgar as contribuições do Judô para o desenvolvimento humano e divulgar o Judô desenvolvido atualmente em Jaraguá do Sul e região.
prof. Claudio Almeida

domingo, 14 de março de 2010

Troféu Kenzo Minami

Aconteceu neste sábado 13 de março em Joinville a primeira competição da temporada, no âmbito da FCJ, trata-se do Troféu Kenzo Minami, inédita competição “Ne-Waza” luta de solo.
O Clube Atlético Baependi marcou presença e levou boas premiações, na categoria até 60kg Pereira levou o 2º lugar na mesma categoria Tolentino obteve a terceira colocação, tudo isso após 6 lutas.
Na categoria até 75kg, a mais disputada, tendo como campeão Marcos Barbosa, André Hohl conquistou a 3º colocação que foi decidida com seu parceiro de treino Laércio Leite, que por sinal não tiveram lutas fáceis.
No peso pesado Fábio Butzke também levou pra casa a medalha de terceiro. Na categoria absoluto André Hohl ganhou o primeiro confronto contra um atleta de Blumenau, a luta foi pro goldscore e terminou empatada, na bandeira o atleta do clube Atlético Baependi levou a melhor.
Logo em seguida André foi chamado para um confronto contra Marcelo Ferreira de Joinville, onde acabou encerrando sua guerreira participação no evento.
Um show a parte foi dado por Marcos Barbosa de São Paulo, que com menos de 75kg venceu sua categoria e também a categoria de peso absoluto, finalizando todas as suas lutas por Ipon de imobilização.

Confiram as fotos abaixo e parabéns a todos.

Equipe reunida, Fábio, Silvio, Cláudio, Laércio, Rodriguinho, João, Pereira, André, Beto e Sandro.

André Hohl e Laércio Leite

Silvio Borges, Kenzo Minami e Icracir Rosa

Medalha

Até 60kg

Até 75 kg

Até 95 kg

Acima de 95kg

Absoluto


sexta-feira, 12 de março de 2010

ARBITRAGEM - Federação Internacional de Judô


NOVAS REGRAS PARA O PERÍODO DE 1º/01/2010 À 31/12/2012

     O desejo da FIJ é defender os valores fundamentais do judô.
Dentro desse escopo, a FIJ é, particularmente, devotada em preservar e desenvolver os pontos fortes educativos, físicos e mentais do Judô. “O Judô é um sistema de educação físico e mental”
     A FIJ, de outro lado, gostaria de alterar as regras de arbitragem durante o período de qualificação Olímpico. Por essa razão, foram feitas experimentações e se decidiu por novas regras para o período de 1º de janeiro de 2010 até 31 de dezembro de 2012.
     As experimentações foram testadas durante o Campeonato Mundial Júnior 2009, em Paris, e continuaram durante as seguintes competições da FIJ: Grand Prix de Abu Dhabi (20 e 21 de novembro de 2009), Grand Prix de Qingdao China (28 e 29 de novembro de 2009), Copa do Mundo de Suwon Coréia (4 e 5 de dezembro de 2009) e Grande Slam de Tóquio ‐ Japão (11, 12 e 13 de dezembro de 2009).

     Para mais informações você pode baixar o arquivo completo sobre as regras de arbitragem com exemplos fotográficos ilustrando o material. Clique aqui para baixar.

     A Federação Internacional de Judô lançou um DVD com as regras do Judô, veja as imagens e se atualize sobre as novas Regras do Judô que começam a valer a partir de 01/01/2010.
Clik aqui e assista os vídeos


terça-feira, 2 de março de 2010

Sanshiro Sugata


O livro Sanshiro Sugata tem sido nas últimas décadas um grande aliado na manutenção das tradições do judô e na transmissão aos jovens do pensamento codificado de Jigoro Kano, o criador do judô. Ler esse livro faz parte do rito de passagem dos adolescentes nipônicos.
Ao trazer para o Brasil essa obra que foi tema de filme dirigido por Akira Kurosawa, a Akobrace quer contribuir para a preservação da importância da disciplina e o caráter educador do judô.
Publicado desde 1942 no Japão, Sanshiro Sugata é de autoria de Tsuneo Tomita, filho de Tsunejiro Tomita, primeiro aluno de Jigoro Kano. O livro conta de forma romanceada a vida de Jigoro Kano.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Judô


Judô (português brasileiro) ou Judo (português europeu) ( "caminho suave" ou "caminho da suavidade", em língua japonesa) é um desporto praticado como arte marcial, fundado por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, para além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.