sexta-feira, 19 de março de 2010

Gigoro Kano: um homem muito além do seu tempo.

Não é nada difícil nos dias de hoje encontrarmos práticas de atividades físicas e alguns esportes que se restringem ao desenvolvimento físico dos praticantes. No entanto, todos sabemos que nós, pertencentes a espécie humana somos constituídos pela complexa combinação, articulação, entre a composição biológica e o meio que vivemos. Isto significa que as vivências, as relações estabelecidas são fundamentais na formação do indivíduo, tanto no plano motor, como no psicológico, no social e no afetivo. Teóricos como Vygotsky, Wallon, Piaget, entre outros, no decorrer do século XX, investigaram e comprovaram através de suas teorias esta complexidade da constituição do homem.
Pois bem, Gigoro kano, ao criar o judô em 1882 (século XIX) no Japão, portanto muito antes das existência de tais teorias, entendia o homem como uma entidade complexa, sendo assim, via que, os métodos de ensino não podiam ser restritos ao plano das ações motoras. Para ele, o ensino de uma atividade, neste caso o judô, tinha que contemplar o desenvolvimento físico, o qual ele chamou de desenvolvimento técnico, o treinamento mental, que hoje entendemos como desenvolvimento intelectual, desenvolvimento psicológico e o treinamento da moral, atualmente entendida como desenvolvimento moral. Foi a partir dessas premissas teóricas que ele criou o Judô.
Dentro em breve daremos continuidade a esta conversa sobre as teorias de Gigoro Kano.
Prof. Ms. Claudio Marcelo de Almeida

3 comentários:

  1. Boa Noite, em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao Professor Silvio e ao professor Claudio pema maneira educada com que veem conduzindo seus ensinamentos.
    Tenho realizados minhas primeiras aulas de judo e confesso estar empolgado com o que tenho visto.
    Estendo meus agradecimentos aos alunos da Academia, pela ajudanque estao dando.
    Abracos a todos.

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  2. De acordo com sua conversa no final do treino de segunda-feira onde o Professor Claudio tratou da diciplina durante a luta, fiquei pensando a respeito.
    Realmente a prática nos leva a agir com o instinto e isto vem naturalmente, apartir do momento que voce canalisa estas ideias.
    Desculpe se estiver enganado em minha colocaçao, mas percebi isto no periodo em que estudei Ingles. No inicio eu procurava traduzir o que queria falar e tinha medo de falar errado, mas, com o tempo fui me concientizando de que deveria pensar e conversar naturalmente como se esta fosse a minha unica linguagem.
    Acredito que no campo da Luta, podera ser algo parecido, nao ter medo de errar, mas sim procurar fazer com que os golpes que estou aprendendo passem a fazer parte de minha pessoa.

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