terça-feira, 6 de abril de 2010

Quanto ao ensino

Ensinar é pouco. É necessário propiciar meios para que o aluno se aproprie da técnica.
Quando ensinamos temos duas coisas, uma a técnica, rica em detalhes e outra o indivíduo com toda a sua singularidade. Em um ensino mais tradicional, todos os movimentos (da técnica) devem ser realizados da maneira mais técnicamente desenvolvida. Porém, este método não leva em consideração o aluno, apenas a técnica.
Em uma perspectiva interacionista, ao ensinar deve-se considerar em primeiro plano quem aprende, suas possibilidades e limitações. Estes dois fatores envolvem questões como, experiências anteriores, inserção cultural, meio social, fatores genéticos e outros.
O professor, diante das singularidades do aluno deve fazer o papel de mediador, vacilitando a apropriação de um conhecimento cultural, neste caso, a técnica de Judô. O aluno só aprenderá bem se puder aprender do seu jeito, de sua maneira. Se puder a partir do que aprendeu construir seu própio conhecimento, através de sua corporiedade. Ora, isto que dizer que, o método Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, ou ainda Thiago Camilo, só servem a eles. Qualquer um que tente imitar, fará muito pior, pois está desconsiderando o que há de mais nobre, a individualidade.
Diante disto, cabe ao professor possibilitar ao aluno meios para que desenvolva suas características própria de realizar a técnica.
Para fazer bem é necessário se apropriar da técnica, o que será ou não possibilitado pelo método de ensino.
Prof. Claudio Almeida

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